opinião

As empresas de Santa Maria precisam de apoio

Paulo Ceccim, Diretor executivo do Diário

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Que devemos fazer nossa parte como cidadãos no sentido de ajudar a resolver e a enfrentar esta pandemia que tanto nos desafia, todos nós já sabemos. Temos ciência, somos amplamente informados sobre a necessidade da contribuição fundamental de cada um para frear o contágio deste vírus que já matou mais de 300 santa-marienses. Todos nós sabemos o que precisamos fazer para ajudar a não agravar ainda mais o quadro da Covid-19. Apesar disso, nem sempre fazemos o dever de casa. E as consequências são dramáticas, na maioria das vezes.

Desde o princípio, defendemos as vidas como prioridade, nada pode ser mais relevante do que preservar e cuidar da saúde de cada santa-mariense. Isso também é fato e não está em discussão aqui. Nossos profissionais da saúde estão dando exemplo de profissionalismo e de amor à missão a que se comprometeram. Estão dando o máximo de si. E são, sim, verdadeiros heróis na luta pela vida.

Mas o que também precisamos agora, com urgência, é que as autoridades competentes - em todas as esferas governamentais - deixem de desconsiderar a economia como parte desta engrenagem que envolve vidas. Em se tratando de Santa Maria, e pode-se falar o mesmo de muitas cidades da nossa região, a maioria absoluta das empresas é de pequeno porte. Os compromissos financeiros desses empreendimentos são pagos basicamente pela receita gerada no mês em questão. Se o governo do Estado já acena para uma bandeira preta até abril, como essas empresas, já duramente prejudicadas até aqui, conseguirão sobreviver? Como suportar as despesas se estão impedidas de atuar e de seguir sustentando tantas famílias que delas dependem? São gerações inteiras envolvidas no negócio, que sustenta não apenas os familiares, mas também os colaboradores e seus dependentes.

Empresas reivindicam ajuda do poder público contra crise

Essa problemática é muito séria e precisa ser tratada como tal. O enfrentamento, pelas nossas autoridades, é urgente e intransferível. Até agora, nenhuma solução se demonstrou nesse sentido.

As nossas empresas também precisam de ajuda. Elas precisam abrir, e, obviamente, não há como ocorrer isso sem a máxima responsabilidade dos seus gestores, seguindo normas que podem, sim, ser ainda mais rígidas. Os empreendimentos necessitam também seguir com sua missão. É hora de os governantes permitirem o compartilhamento dessa decisão que atinge a todos de forma tão definitiva. Reivindicar atenção para a saúde das empresas é considerar a saúde das pessoas que delas dependem para suas subsistências.

Não precisamos - e nem devemos mais - seguir polarizando a questão entre priorizar vidas ou empresas. Estamos, igualmente, tratando do que há de mais importante: pessoas. Gestores públicos de Santa Maria, do Estado e do país, uma vida inteira de trabalho e suor não pode ser desconsiderada por aqueles que foram escolhidos para representar os anseios da sua comunidade. Esta missão também é pela preservação das vidas.


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